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História do Cinema- Cinema Mudo


O Manifesto das Sete Artes feito em 1912 pelo intelectual Ricciotto Canudo apresenta: arquitetura, escultura, pintura, música, dança, poesia e por fim o cinema, que teve seu marco inicial em 1985 quando os irmãos Lumière apresentaram ao público do Grand Café o cinematógrafo que projetou os filmes a “Fábrica Lumière” e “ A Chegada do trem à Estação Ciotat”.

Antes das apresentações públicas feita pelos irmãos Lumière, Tomas A. Edson havia criado o quinetoscópio que era uma espécie de cinema individual, através do qual era possível assistir a exibição de um pequeno filme em looping; com dez máquinas, cada uma com um filme diferente, essas imagens em movimento foram apresentadas em 1894 em um salão de Nova York; entretanto, somente em 1896 foi quando ele conseguiu aperfeiçoar sua máquina vitascópio para exibir filmes para o público.

Mesmo Tomas A. Edson tendo criado o cinema individual antes, foram os bons negociantes Auguste e Louis Lumière que possibilitaram a inserção do cinema no meio comercial.

Nessa primeira fase do cinema (1894 a 1903) a empresa que produzia era a mesma que projetava seus filmes. Na virada do século XX surge à profissão do exibidor, que comprava o equipamento, ou seja, os filmes da empresa para projetá-lo. Em 1905 nos Estados Unidos, empresários que compravam os filmes das produtoras e os alugavam tornaram-se os distribuidores; assim, aumentou a disponibilidade de filmes e diminuiu o custo de exibição, o que levou à expansão explosiva dos nickelodeon, dando origem a indústria do Cinema que se consolidou entre 1907 a 1913, quando o cinema se reorganizou, estabelecendo uma especialização de etapas de produção e exibição dos filmes, e assim se transformou na primeira mídia de massa da história.

Com os diferentes avanços em relação aos planos cinematográficos, o enredo e as tecnologias que possibilitavam o aumento de tempo dos filmes, em 1913 o cinema passa a ser exibido em teatros luxuosos. Poucos anos depois, em 1917, a maioria dos estúdios norte-americanos já se localizava em Hollywood e a duração dos filmes havia aumentado, dando origem aos feature films, longa metragens.

Mas a grande mudança na história do cinema ocorreu ainda em 1917 devido à Primeira Guerra Mundial, pois uma grande leva de filmes americanos foi exportada para suprir a demanda do mercado europeu, o que provocou discussões sobre as possibilidades artísticas e expressivas do cinema dando origem a diversos movimentos artísticos.

Um exemplo é o Expressionismo Alemão que ocorreu de 1918 a 1933 e que segundo o historiador Roger Cardinal (1988:34) “convida o espectador a experimentar um contato direto com o sentimento gerador da obra”, ou seja, ressalta as experiências emocionais do artista. Assim esse movimento surge da verdade individual, criando um efeito emocional a partir da realidade distorcida, expressando os sentimentos, emoções e não se preocupando com detalhes realistas do mundo que conhecemos.

Enquanto isso, na União Soviética a guerra civil russa que foi de 1918 a 1922 destruiu grande parte da produção cinematográfica do país, assim o cinema se reinventou, o que deu origem a montagem soviética que para os teóricos russos era dar sentido aos materiais de base individual, ou seja, cada fotograma faz parte de um todo. Para Kuleshov, fundador da primeira escola de cinema do mundo, o que distingue o cinema das outras artes é a capacidade da montagem, de unir fragmentos dispersos e dar sentido a esses através de uma sequência rítmica.

Após esse processo de descobertas da imagem em movimento é que surge o “cinema sonoro” foi em 1927 com o vitaphone, que a sincronização entre o som e imagem tornou-se realidade.


Será que o cinema era mudo até então?



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